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Vila de Santa Cruz

Os Paços do Concelho de Santa Cruz estiveram alojados, pelo menos desde os anos mil e setecentos, num edificio de dois andares no lado sul da Praça do Municipio, actual Praça do Marquês de Pombal, onde ficaram até 1855. Depois, Câmara Municipal e Tribunal foram parar em edificios particulares. Já no século XX, em 1906, a edilidade comprou o edifício onde está hoje instalada, que hospedou também o Tribunal até 1928, quando este se transferiu para as suas definitivas instalações. O território do concelho ocupa actualmente cerca de metade da superficie insular, o Nordeste das Flores, com a Vila de Santa Cruz que abrange as freguesias de Ponta Delgada, Cedros e Caveira e os lugares de Ponta Ruiva e Fazenda.

Em Janeiro de 1924 aparece em Santa Cruz a Empresa de Pesca de Baleia Esperança, Lda., com 2 canoas bem apetrechadas vindas pelo vapor S.Vicente. A fábrica da baleia do Boqueirão, construida entre 1941 e 1944, transformou Santa Cruz na capital da baleação insular, a acompanhar a extraodinária subida internacional do preço do óleo.

1963 foi o ano de todos os recordes, com 103 baleias capturadas que deram 528 toneladas de óleo, sendo 1964 o segundo melhor ano de sempre, com 68 capturas. O enorme espaço arqueo-industrial do Boqueirão encontra-se hoje à espera do restauro mas a sua comprida chaminé, cachimbo de tantos cachalotes fumou, ainda é avistada com desconfiança pelos cetáceos que frequentam os mares das Flores. Estes tingiram-se de vermelho pela última vez a 24 de Novembro de 1981, quando o bote do oficial José Jacinto Mendonça Furtado arpoou a vigésima primeira baleia desse ano e a derradeira vítima da baleação florense.

Os imigrantes franceses da Base de Telemedidas hoje encerrada (1966-1993),ofereceram aos florenses a oportunidade de conhecerem uma nova língua (vindo a existir em Santa Cruz das Flores a única comunidade francófona dos Açores), de experimentar novas técnicas de pesca e mergulho e até de aprender algumas artes,como a da pintura sobre seda, semente artesanal francesa que ainda germina hoje em Santa Cruz.

Santa Cruz tem hoje um vasto leque de sugestões para o turista, do alojamento à restauração e às excursões, oferecendo a oportunidade de inesquecíveis dias de lazer, por mar e por terra. Um roteiro histórico e pedestre do concelho guia o visitante pelos espectaculares trilhos do concelho: numa terra onde três décadas atrás ainda não existiam estradas, são estes uma das jóias mais valiosas da coroa. Pode-se começar pela povoação da Ponta da Fajã, antigo "feudo" santacruzense, rumar até à freguesia de Ponta Delgada, a formosa "estrela do norte" insular, e daí descer pelo Grande Passeio da Madrugada até Santa Cruz e seus subúrbios, à Ribeira da Cruz e à Caveira, passando pela Ponta Ruiva e pelos Cedros.