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Resumo Histórico

O cosmopolitismo do povoamento não retirou à ilha a sua colonização marcadamente lusitana, com o domínio absoluto dos valores arquitectónicos, religiosos, sociais e gastronómicos do interior de Portugal, e prevalência dos de Alentejo e Minho. A mais antiga referência a Santa Cruz como "vila" data de 1548, sendo anterior mas desconhecida a atribuição desse estatuto. Como Francisco Gomes ilustra transcrevendo de Gaspar Frutuoso, esse documento de 1548 narra a chegada às Flores dos tripulantes da nau N. S. da Misericórdia, "trazendo dous cofres douro que, por ter aberto no mar de maneira que com agoa per muitas vezes cuidaram de se perder, parecera bem a todos que saissem com os ditos cofres na Villa de Santa Cruz". Nos começos do séc. XVII, Diogo das Chagas já define Santa Cruz como "cabeça da ilha", uma "Villa mui bem assentada com o milhor porto que tem esta Ilha, de onde saía a primeira rua da Vila e do porto das Poças outra rua, que é a última da Vila, dentro das quais as outras ruas se cruzam".

A primitiva igreja matriz datava do século XVI e foi reconstruida em 1627 pelo seu  vigário, padre Inácio Coelho, que em 1641 deu a terra para fundação do convento franciscano de São Boaventura, além de pão e vinho para sustento dos religiosos. Em finais de seiscentos Santa Cruz continua a sua parábola de crescimento e, por volta de 1693, Frei Agostinho de Montalverne atribui-lhe cerca de 900 habitantes, que moram em 180 fogos.

Desde 7 de Janeiro de 1841 a vila de Santa Cruz, principal centro urbano do Oeste açoriano, possui a titularidade da única Comarca das Flores e do Corvo, que administra a justiça nas duas ilhas, dantes sob a alçada de um Juiz de Fora.

Santa Cruz cresceu depressa e ultrapassou as Lajes demográfica e economicamente, chegando à hegemonia política nas duas ilhas ocidentais em 1895. Em 18 de Novembro desse ano foi decretada a extinção do concelho das Lajes e o concelho de Santa Cruz passou portanto a integrar o das Lajes (e do Corvo) de 1895 até 1898, quando o Conselheiro José Luciano de Castro operou a restauração da anterior divisão administrativa.